Primeiro, seduzi-la: vaca acostumada ao sedenho, mas retendo ainda o leite nas reentrâncias do úbere. Daí que se deixe que a cria, faminta, estimule-a até a ereção das tetas. Com mais precisão, a gramática do vaqueiro: Apojou, danada! Apojar é uma palavra em si mesma cheia, volumosa; por puro preciosismo meu, mania de enfeite, defino-a melhor assim: túmida, tal qual essas tetas roliças sob as ásperas e precisas mãos do vaqueiro. Há, no entanto, uma ciência ordenando essa tarefa. Ordenha-se assim: primeiro o indicador premendo a teta, e nessa sequência os outros, mas com tal presteza que mal se percebe um dedo auxiliando o outro nesse ato de arrastar do fundo do ubre o líquido espumoso. Ejaculado com violência, o jato branco bate estrondoso no fundo do balde. Depois, o branco se avoluma, alcança os limites do abismo: maravilhosa espuma se precipitando pela borda!
(Do livro Tesselário, que será publicado pela Ed. Multifoco)
Sempre achei as vacas muito eróticas. No Goiás, quando as mulheres passam na rua, os homens gritam: ô man-ga-lar-ga! É por aí. Mas você esqueceu o principal, as ancas, o olhar redondo, as astúcias de parideira...
ResponderExcluirProcurei focar só o úbere, as tetas. Aproximar o ato de tirar o leite com o de masturbar-se. Mas valeu a sua observação sobre o erotismo das vacas. Concordo. Quem sabe um outro texto falando da vaca como um todo, hein? Obrigado pelo comentário.
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