Por Aimé Césaire
Chuva que nos seus mais repreensíveis transbordamentos
não deixa
esquecer que as meninas do Chiriqui tiram de repente
de seu corpete noturno uma lâmpada feita de vaga-lumes
comoventes
Chuva capaz de tudo exceto de lavar o sangue que escorre
nos dedos dos assassinos dos povos surpreendidos sob
as altas florestas da inocência
(Tradução: Geraldo Lima)
esquecer que as meninas do Chiriqui tiram de repente
de seu corpete noturno uma lâmpada feita de vaga-lumes
comoventes
Chuva capaz de tudo exceto de lavar o sangue que escorre
nos dedos dos assassinos dos povos surpreendidos sob
as altas florestas da inocência
(Tradução: Geraldo Lima)
(Aimé Césaire foi poeta, dramaturgo, ensaísta e
político da negritude. Além de ser um dos mais importantes poetas surrealistas
no mundo inteiro, inclusive no dizer do líder deste movimento, Breton, Aimé
Césaire foi, juntamente ao Presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, o
ideólogo do conceito de negritude, sendo a sua obra marcada pela defesa de suas
raízes africanas.) Wikipédia
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