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‘Mão Branca’, de Giovani Ienini
A
lenda de Mão Branca surgiu nas disputas pelo controle de contrabando em Chicago
no EUA nos anos 1920. Era o grupo de extermínio dos dedo-duros ou traidores. No
final dos anos 60, na baixada fluminense, surgiu novamente Mão Branca, agora um
grupo de extermínio que eliminava criminosos e infratores.
Nos
anos 70 houve um boato que o Mão Branca viria para o Goiás. Dezenas de
infratores se entregaram nas delegacias com medo da lenda.
A
idéia de uma pessoa ou um grupo que tome o lugar do Estado (Brasil) nas ações
de proteção que estão sem segurança é antiga, e, vê-se hoje, até comum.
Certamente não é a forma mais correta, contudo é a única maneira de se fazer
valer alguns direitos que não são respeitados pelos poderes constituídos.
Mão
Branca (FAC / LGE, 2009) é um justiceiro anarquista que seque os próprios
conceitos em benefício da comunidade. Tem um rígido código moral, embora seus
valores sejam diferentes daqueles defendidos pelas leis. É a atitude rebelde, é
a defesa dos interesses.
As
histórias de Mão Branca suscitam a discussão a respeito dos valores sociais,
dos atos repressivos, das leis antigas e dos conceitos abstratos de justiça e
verdade.
As
histórias apresentadas no livro de contos são sempre motivadas por alguma
notícia de jornal em que há algum crime absurdo, seja por sua violência ou pela
sua gratuidade. Os atos que levam o criminoso a cometer a injúria e,
consequentemente, a maneira como o justiceiro Mão Branca irá cumprir a vingança
é a escada para alcançar o melhor padrão para discutir conceitos jurídicos e
sociais que não mais pertencem ao senso comum, porém ainda existem na ordenação
legal.
Os
atos do personagem são sempre violentos e regados a situações incorretas, porém
as convicções e as visões são consideradas justas. A ambiguidade é o que torna
a situação tão interessante, pois o leitor acaba torcendo para um “matador de
aluguel” que usa tóxicos e despreza terminantemente qualquer tipo de violência
sexual tanto quanto odeia corruptos. É atraente sem deixar de ser questionador.
A
publicação de um livro com os contos do MB que já circulam na interNerd há
alguns anos é o auge do ciclo de histórias que discutem e analisam política,
criminalidade, justiça e ação da polícia e de bandidos na sociedade
multi-cultural e inter-disciplinar em que convivemos e, dos quais, curiosamente
nos mantemos distantes. A percepção de alguém que luta com suas próprias armas
para transformar o meio que o cerca em algo melhor para se viver é enaltecedor,
contudo, este guerreiro usa armas e tem conceitos que assustam tanto a vítima
(que sempre está fora de ordem) quanto o contratante (que deve ser sempre
alguém injustiçado). Seria ele legítimo para fazer o que faz ou é apenas mais
um bandido com ilusões de Zorro?
A
intenção precípua das Histórias de Mão Branca é elevar a abrangência das
discussões e das formas de pensamento a respeito das atitudes dos cidadãos e
das autoridades responsáveis pelo poder.
O
público do livro, que vai do universitário ao juiz de direito, é o adulto que
lê jornais e busca informações na internet. É a oportunidade de trazer para o
mundo real as divagações de um anti-herói rebelde porém nobre.
As
Histórias de Mão Branca acontecem sempre ao redor de Brasília, mostrando alguns
de seus ambientes mais esquecidos e obscuros, como os locais em que são
desovados cadáveres em Sobradinho ou na “terra-sem-lei” perto de Planaltina. O
linguajar apresentado é predominantemente candango e os casos em que o
personagem se mete são todos baseados em crimes ocorridos no DF.
A
resolução das situações de maneira ágil e definitiva reflete o desejo dos
brasilienses em ver a baderna que se tornou a segurança pública sendo
controlada por alguém sem medo de errar ou de perder o cargo político. Alguém
que quer fazer a coisa certa.
Sobre o autor
Giovani
Iemini é candango, gestor cultural e livre pensador. É mentor do Bar do
Escritor (www.bardoescritor.net). É anarquista, ateu e embriagado por
conhecimento. É formado em História pela Unb, cursou Engenharia Florestal e
Direito. Trabalhou como professor, bancário e servidor público. Foi Escoteiro
da Pátria. É pai do João Carlos. Ainda não viajou pelas estrelas.
Foi
publicado na coletânea Todas as Gerações
– o conto brasiliense contemporâneo, de 2006 pela LGE Editora; na revista
anual da Academia Cachoeirense de Letras de 2005, 2007 e 2008; na
antologia poética Valdeck Almeida de Jesus de 2008 e em diversos sites da internet.
Publicou os livretos Zine Bar do Escritor
e Casos de Mão Branca em 2007, Mão Branca em 2009 pela LGE e A Balada de Alessandra em 2009 pela
Mojobooks. Participou das antologias poéticas do Guará em 2009 e 2011.
Organizou três antologias do Bar do Escritor em 2009, 2010 e 2011. É verbete no
Dicionário de Escritores de Brasília, de Napoleão Valadares, edição de 2012.
Membro da Academia de Letras de Brasília. É o gestor do projeto Brasília é uma
festa – concurso de literatura - 2012.
Onde
comprar
Diretamente com o autor (Contato:maobranca@gmail.com /bardoescritor@gmail.com /) pelo telefone 061
8122-5653. Banco do Brasil, Agência
1419-2, C/C 6389-4
Preço
promocional: R$ 14,90 (com frete incluso)
* Promoção válida até o dia 31 de dezembro de 2012.
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