Por Geraldo Lima
Estou prestes a adentrar uma região
vasta, assustadoramente vasta. Mundo ermo, movediço, imprevisível. A partir
daquele ponto ali, onde a luz cega e alucina, meu ser vagará à deriva, entregue
aos caprichos da sedução.
Posso, nesse caso, fechar os olhos e
tapar os ouvidos, blindando-me contra o
fascínio da beleza e a magia da voz. Poderia, inclusive, fazer meia-volta e
retornar daqui, onde sinto ainda a terra, firme e segura, sob meus pés.
Poderia. Mas uma força extrema me arrasta para fora de mim. Ah, um deus furioso
deve ter me atirado nessa aventura insana, pois nunca alimentei em mim tanto
desvario.
Ouço o canto da sereia e avanço
despido de razão e prudência.
É o melhor jeito de seguir!
ResponderExcluirAmei o texto.
bjs
O drama da existência em uma intertextualidade de altíssimo nível.
ResponderExcluirSua prosa poética e filsófica me agrada. Passeios por seu blog são bem agradáveis!
ResponderExcluirUm abraço
Maria J Fortuna
http://arteseartesmjfortuna.blogspot.com.br/
Obrigado, Chyntia, pela leitura e pelo comentário. Um abraço!
ResponderExcluirObrigado, Fernando! Um abraço!
ResponderExcluirObrigado, Maria! Feliz por tê-la como leitora. Um abraço!
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