Por
Geraldo Lima
Era
preciso então só começar para que tudo se desarranjasse. Um primeiro gesto, arcaico,
corroído pela raiva, quase impensado: a mão que se desprende do tampo da mesa e
se ergue guindada pelo braço longo e forte. E depois um estalo. Um ai agudo que
se prolonga na memória durante anos e anos, como uma faca que fosse penetrando
lenta e meticulosa a alma, para dentro sempre, no mais profundo do ser, aí,
onde o carnegão se formou.
Foi
a partir dessa fenda aberta na alma que ela começou a vazar.
[da acutilância que se faz mundo sem se ver,
ResponderExcluirfiltrado pela vista atenta da palavra.]
um imenso abraço, Geraldo
Leonardo B.
Forte.
ResponderExcluirValeu, Leonardo, pela leitura e pelo comentário.
ResponderExcluirUm abração, meu caro!
Geraldo Lima
Valeu, Cláudio!
ResponderExcluirUm abração, meu caro!
Geraldo Lima